Um Domingó é sempre um Domingo. Para alguns, sinônimo de preguiça e pijama, televisão, filmes e sofá. No máximo uma comidinha pedida pelo telefone ou uma esticadinha para um almoço rápido ou um cineminha. De óculos escuros, de preferência, porque Domingo não é dia de maquiagem, produções elaboradas e salto alto. Ou qualquer salto. Chinelo. Acho que poderia dizer que chinelo e domingo andam de mãos dadas, parecem indissociáveis.
Almoço em família, talvez, como é sempre (e felizmente) o meu caso. Mas a preguiça...Acho que essa é uma outra palavra que anda de mãos dadas com o Domingo. Se Domingo tivesse um som, seriam aquelas músicas da MPB que adoram colocar nas aberturas das novelas do Manoel Carlos. Se tivesse uma cor seria azul celeste, com algumas cintilâncias douradas provocadas por um sol gostoso, morno, acompanhado de uma brisa fresca e constante. Se tivesse um gosto, seria de pão quentinho, macarrão caseiro com queijo ralado ou coca-cola. Não dá pra dizer que coca-cola não é sinônimo de Domingo. Mas não a coca-cola de hoje, mas aquela que custava caro, e a gente buscava na padaria perto de casa na garrafa de vidro já gelada para o almoço de Domingo.
Para os religiosos, dia santo. Para os baladeiros, dia de ressaca. Para os otimistas, uma nova chance de começar uma semana produtiva. Para os pessimistas uma desagradável sensação de "vai começar tudo de novo", devidamente sonorizada pela vinheta quase depressiva do Fantástico. Para muitos, dia de promessas. Para tantos, dia de planejar a semana. Dia de encontros, dia de despedidas. Dia de passeios, dia de futebol. Dia de sim e dia de não. Dia de agradecer. Dia de pedir um pouquinho mais de força para começar de novo.
Dia de dormir mais cedo, ou dia de ser acometido por uma insônia sistemática que só acontece no Domingo, quando as noites parecem mais curtas para a quantidade de sono que se gostaria de preservar e o despertador parece teimar em avisar, silenciosamente, que sim, as horas estão passando.
Dia de nada e dia de qualquer coisa. Um dia como todos os outros, mas diferente ao mesmo tempo.
Para mim, é tudo isso ao mesmo tempo. Dia de tomar um banho demorado, com direito a hidratação no cabelo e esfoliação da pele. Dia de cortar as unhas das crianças, de arrumar as mochilas da escola e conferir as atividades da semana. Mas, é preciso confessar: O astral não é o mesmo da sexta-feira à noite ou do sábado de manhã. Mas a esperança sim. Acho que a esperança se engrandece dentro de mim a cada Domingo. Dia de pensar na vida ou nem pensar em nada, mas acreditar que muitos Domingos ainda virão. Azuis, dourados, frescos, ensolarados e com gostinho de coca-cola...
5 comentários:
A esperança é uma dádiva, né, Renata? Ele é um presente porque há que se ter fé pra acreditar na força da vida. Na força do dia à dia que nos renova se a esperança nos rodear.
Um beijo.
Bel.
Para Laura e Elisa, domingo é dia de casa da tia Rita!
Como é bom tê-las conosco aos domingos!!!!
Amo vcs 4.
Beijos,
Gi
Eu fico meio melancólica nos domingos de tardezinha... Vontade de parar o tempo e continuar no final de semana... Por isso que adooooooro sextas e sábados, hehehe :-)
Beijos, Angie
Tá a coisa mais linda esse blog!!!
Bom, amiga, domingo eu gosto de casa cheia, ou de Shopping, porque adoro gente, enão gosto de terminar o fim de semana sozinha!
Então, é tudo isso junto mesmo!
Adorei o texto, como sempre!
Beijo!
Oi, Re! Qto tempo, mulher!!
Amei seu texto! Meus domingo são sempre diferenciados, mas uma coisa é sempre boa: é domingo!! haha
Estou dando uma ajeitada na casa, não diria q é redecoração, mas com o marido fora fica bem mais fácil! ALiás, uma das poucas coisas mais fáceis sem ele!!
Bjão
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