junho 24, 2013

Protesto.

Manifestações acontecendo e eu, aqui na praça. Muitas vezes, nem dando milho aos pombos estou.  
Pensando, pensando e pensando, resolvi protestar também.
Mas, antes de mais nada, protesto contra mim mesma.
Por todas as vezes em que me falei demais e por tantas outras em que me calei.
Por todas as vezes em que disse ao “guardinha” da rua que iria ficar só um minutinho, e por isso não precisava comprar o cartão do estacionamento rotativo.
Por todas as vezes em que estacionei em fila dupla ou local proibido para esperar as filhas saírem do colégio.
Por todas as vezes em que não respeitei o limite de velocidade, não parei na faixa de pedestre ou dirigi falando ao celular.
Por ter usado carteirinha de estudante (sem ser) para pagar meia entrada no cinema.
Por todas as vezes em que não respeitei uma fila, ou dei um jeitinho de ser atendida antes.
Pelos filmes piratas que assisti e músicas que baixei.
Por não ter declarado as compras feitas no exterior. Por pedir à filha que dissesse que eu não estava em casa só para não atender alguém ao telefone.
Por gastar mais do que preciso. Por não economizar água. Por jogar comida fora.
Por desperdiçar tempo. Por sucumbir à preguiça. Por fingir que não vi. Por achar muita coisa normal.
Por não me posicionar. Por esquecer do outro.
Protesto contra (ou a favor) de mim mesma.
Quero ir pra rua e para a janela, manifestar a minha indignação comigo também.

Protestar e mudar. Mudar porque uma verdadeira democracia não se faz apenas com políticos honestos, mas antes de qualquer coisa, com cidadãos conscientes do seu próprio papel em casa, na rua, no trabalho e no país. 

Um comentário:

Anônimo disse...

amemmmmmmmmmmmmm... so posso dizer amemmmm!!!! gaby