outubro 18, 2016

Reciclagem no meio da tarde de terça-feira.

E daí que no meio da tarde, diante de, pelo menos, cinco arquivos abertos que aguardam, ansiosamente, serem finalizados, olho para baixo da mesa do escritório e enxergo, na lixeira, alguns papéis amassados. Por um momento, me pergunto: O que foi mesmo que joguei fora?

É que às vezes, no afã de enxergar uma mesa organizada, a gente acaba jogando fora um papel importante.  Em outras vezes, até reconhecemos a insignificância do bendito papelzinho naquele momento, e, dias mais tarde, nos deparamos com a sua necessidade. Amaldiçoamos o momento da decisão do descarte. Mas, na grande maioria das vezes, já foi. Não tem mais jeito. Afinal, o que foi descartado tem destino também. Não é certo, mas é um destino.

Naquela história de que o mundo dá voltas (algumas que aguardo ansiosa como os arquivos abertos no meu computador), quem sabe o papelzinho não volte para as nossas próprias mãos, cheio de status, como um bloquinho reciclado? Assim mesmo, quase que olhando de cima para baixo e dizendo: Viu? Ou quem sabe vire uma obra de arte, um caderno de criança, um enfeite de Natal?


Eles estão aqui ainda, na lixeira da minha sala. Mas já imaginei para eles um monte de desfechos diferentes. E quando penso assim, acabo me apegando. Apego a papeizinhos amassados jogados na lixeira? É...Preciso parar de olhar para baixo enquanto trabalho...

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