julho 12, 2010

A Copa passou.

Foram raros os dias nestes dois últimos meses em que não se ouviram algumas palavras e expressões. Pessoas também foram elevadas ao posto de assunto do mês em qualquer lugar no qual se buscasse informação. Em uma copa barulhenta e de poucos gols, os destaques foram muito mais negativos do que positivos. Fala-se muito mais do temperamento do Felipe Mello do que da tranquilidade do Gilberto Silva. Erros de arbitragem. Erros, não. Tragédias da arbitragem. Uma copa de cheia de trocadilhos sobre a vuvuzela, na qual cada jogo era narrado minuto a minuto por milhões de pessoas via twitter. Não se fala em quem deu sorte, mas o Mick Jagger virou assunto pelo suposto pé frio. Até agora não vi nenhum programa de TV com o ranking dos gols e lances mais bonitos. Será que eu estou vendo menos TV do que nas últimas copas? O fato é que eu vi vários programas com os lances mais violentos e os gols perdidos.  Na verdade, acho que perderam mais gols do que fizeram. Muito mais. Paradoxo interessante foi a chegada das seleções brasileira e argentina em seus respectivos países. Aqui, gritos de "burro" para o técnico. Lá, gritos de "Deus". A jabulani que virou jobulani na final também deu o que falar. Apareceu mais do que qualquer jogador. Sem muita paixão, infelizmente, somos obrigados a reconhecer: De quem foi a Copa de 2010? Do polvo.